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Com superlotação, Husm restringe atendimentos no Pronto-Socorro

Thays Ceretta


Foto: Assessoria de Comunicação Husm
Pronto-Socorro está trabalhando acima da capacidade desde sábado. Falta de leitos na região contribui para piorar a situação

Uma situação recorrente que acaba preocupando, quase que diariamente, a equipe que trabalha no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Mais uma vez, o Pronto-Socorro (PS) enfrenta um quadro de superlotação. O local - que tem capacidade para 23 leitos e 19 macas - tinha 70 pacientes internados na tarde de hoje. Ou seja, 28 pessoas a mais que a capacidade. As pessoas estão acomodadas em macas improvisadas pelo corredor da instituição. Conforme o chefe da Divisão de Gestão de Cuidados do Husm, Salvador Penteado, a superlotação começou ainda no sábado e, desde então, o local precisou "fechar" as portas.

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- Quando a gente faz esse "fechamento" é porque a superlotação é máxima, é porque não temos mais condições de receber pacientes. Na realidade, faltam leitos de internação na região, e isso a gente vem dizendo há mais de 10 anos. Enquanto não tiver leitos pelo SUS na região, isso vai continuar ocorrendo. E, aqui em Santa Maria, nós temos um hospital fechado. O Hospital Regional ajudaria, foi criado para isso, para ter 240 leitos e para trabalhar com a reabilitação, além das áreas mais críticas, como neurologia e traumatologia. Se tivéssemos os leitos funcionando, possivelmente teríamos menos pacientes no PS - desabafou Penteado.

Ainda conforme o chefe da divisão médica, a situação é permanente, e quem é da área da saúde sabe que isso acaba sobre carregando as equipes. Cada vez que isso acontece, a direção precisa enviar um documento para as secretarias de Saúde dos 45 municípios de referência e para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), informando sobre o problema, para que sejam encaminhados apenas casos de urgência e emergência.

No momento, não há mais capacidade física para colocação de outras macas. Nos casos mais simples, os pacientes são orientados a procurar os pronto-atendimentos, que funcionam 24h, ou as unidades básicas de saúde. Na última segunda-feira, o Husm chegou a ter 75 pacientes internados no Pronto-Socorro (PS).

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- A nossa capacidade máxima, na qual nós somos habilitados e temos equipamentos para dar condições e suporte necessário e humanizado, com segurança, é de 23 leitos e 19 macas. Passando desse número, a gente já pode considerar superlotação. Não fazemos isso e não disparamos o documento em consideração à população da nossa região. Nós teríamos o direito de agir assim porque o hospital já não teria condições ideais de atendimento. Nós fazemos aquilo que, infelizmente, o poder público não faz, que é ter comprometimento com o cidadão. Porque nós também somos humanos e também podemos precisar e, principalmente, porque acreditamos no Sistema Único de Saúde (SUS) - completou Penteado.

O aumento no número de atendimentos decorre, principalmente, de problemas respiratórios, traumatológicos, neurológicos e cardiológicos. Alguns pacientes também aguardam para fazer cirurgia.

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